22 outubro 2010

RECORDO AINDA - MÁRIO QUINTANA

"Todos os que aí estão
Atravacando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!" (Prosae Verso,1978)

RECORDO AINDA

Recordo ainda... e nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...

Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...

Estrada afora após segui... Mas, aí,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui vai:

Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!...
Que envelheceu, um dia, de repente!...

Mario Quintana


" Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai! Estou com 78anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometido a Eternidade. Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1 grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achva que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du peu... Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de autossuperação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros? Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma(não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Érico Veríssimo - que bem sabem (ou souberam)o que é a luta amorosa com as palavras."

Mário Quintana

19 outubro 2010

Cordelista Orlando Paiva edita cordel em homenagem ao Piauí

Hoje em que festejamos o dia do nosso Estado, deixo esse cordel da autoria deste blogueiro a todos os piauienses que tanto amam essa terra.

CORDEL EM HOMENAGEM AO PIAUÍ
Autor: Orlando Paivaorlandopaiva_2006@hotmail.com

Piauí terra querida
Filha do sol do Equador,
Terra com belezas naturais
Obras do Pai Criador,
Dádiva da mãe natureza
A esse povo acolhedor.


“É feliz quem vive aqui”
o slogan é popular.
São inúmeras maravilhas
Que agora irei falar,
Neste humilde cordel
Que vou homenagear.


Temos o “Delta do Parnaíba”
Que nos deixa fascinado,
O maior a céu aberto
Que na América foi criado,
Com perfeição por Deus
E a nós presenteado.


Temos o “Cabeça de Cuia”
Uma lenda popular,
Que encanta nosso povo
E quem vem nos visitar.
Em sua homenagem
Há um monumento exemplar.


O “Encontro dos Rios”
Merece nossa admiração.
Temos Igreja de São Benedito
Lugar de reza e oração,
Onde o católico teresinense
Mostra sua devoção.


A nossa Educação
Merece ser destacada.
A melhor escola do Brasil
Pelo ENEM considerada,
Está aqui no Piauí
Pelo Sudeste invejada.


O Piauí é um dos maiores
Produtores de algodão,
Produzimos soja e mel
Tudo para exportação,
Temos a maior bacia de gás
Existente na nação.


Somos ricos culturalmente
Somos parte da história,
Foi aqui que se travou
Uma batalha de glória,
Defendemos nosso Brasil
Não sai da nossa memória.


“A Batalha do Jenipapo”
em Campo Maior aconteceu,
Uma turma bravamente
Nosso país defendeu,
Nas águas do heroísmo
O sangue deles escorreu.


“Parque Serra da Capivara”
Outro valioso local.
Maior museu a céu aberto
Uma relíquia mundial.
Fonte de muita pesquisa
Patrimônio cultural.


Reconhecido pela UNESCO
O Piauí é privilegiado,
Pois foi aqui nessa terra
Em nosso querido Estado,
Que o Homem Americano
Deixou o seu legado.


Temos “Sete Cidades”
Outro presente celestial,
Com rochas fascinantes
Também destaque nacional,
Utilizada como cenário
Em uma novela global.


A “Cachoeira do Urubu”
Merece ser recordada.
A “Lagoa do Portinho”
Também é apreciada,
Pelas pessoas visitantes
Que saem admiradas.


Outro ponto forte
Que merece atenção,
É o nosso Artesanato
Feito com perfeição,
Na madeira ou na argila
O Piauí é o campeão.


Nossos escritores são únicos
Seus textos nos dão prazer.
Temos “Da Costa e Silva”
Que jamais vamos esquecer,
Um verdadeiro gênio
Na arte de escrever.


Estamos de parabéns
Isso eu posso falar.
O Piauí é completo
Temos que nos orgulhar,
Não é um simples “Zattolo”
Que vai nos desanimar.

Por isso meu Piauí
Sinta-se abraçado.
“Pertence-te a nossa vida”
cantamos emocionado,
nesta data de glória
em que és festejado.


O meu abraço fica aqui
Também minha amizade.
“Feliz Dia do Piauí”
desejo com felicidade.
São os votos de “Porto”
Minha querida cidade.

Autor: Orlando PaivaPorto – Piauíorlandopaiva_2006@hotmail.co

18 outubro 2010

PROFESSORES COMEMORAM SEU DIA EM GRANDE ESTILO

















A equipe da U. E. Professosra Teresinha Bastos marcou presença em todas as atividades promovidas pela Secretaria Municipal de Educação de Porto-PI para os professores da rede municipal de ensino, a missa pela manhã na Igreja Matriz, café da manhã em frente a casa paroquial, sorteio de brinde divulgado na rádio Marruás FM e a noite as comemorações foram encerradas com uma confraternização no Club de Eventos Marruás. Os professores divertiram-se bastante com as atrações elaboradas pela equipe gestora, dentre elas: show de calouros, leitura de mensagens, bingo da amizade, sorteios.

17 outubro 2010

Uma das grandes representantes da literatura brasileira


Retrato

"Eu não tinha este rosto de hoje,

assim calmo, assim triste, assim magro,

nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas;

eu não tinha este coração que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,

tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"

Cecília Meireles
"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."
(Romanceiro da Inconfidência)

Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil S.A., e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Criou-a, a partir de então, sua avó D. Jacinta Garcia Benevides. Escreveria mais tarde:"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."

02 outubro 2010

Simplesmente Drummond



NÃO DEIXE O AMOR PASSAR
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.
Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia a dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.



Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.
Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

AULA DE CAMPO ESTIMULA À APRENDIZAGEM


A professora Angélica Barbosa ministrou aula de campo, na manhã do dia 24/09/10, com os alunos do 7º ano “A” do turno matutino da Unidade Escolar Professora Teresinha Bastos. O objetivo da aula era oferecer aos alunos a oportunidade de visualizar e comparar o conteúdo observado no livro didático. O assunto ministrado foi tipos de caules e raízes. A diretora Maria de Fátima e o coordenador João Elton acompanharam e registraram os trabalhos da docente. Os alunos fizeram as anotações para questionamentos na sala de aula e fizeram o registro fotográfico para uma exposição.