Os professores precisam estudar sempre para ensinar cada vez melhor. É importante saber usar as tecnologias a favor da aprendizagem.
30 março 2011
"As Pessoas Ainda Não Foram Terminadas"... - Rubem Alves
"As diferenças entre um sábio e um cientista? São muitas e não posso dizer todas. Só algumas.
O sábio conhece com a boca, o cientista, com a cabeça. Aquilo que o sábio conhece tem sabor, é comida, conhecimento corporal. O corpo gosta. A palavra “sapio”, em latim, quer dizer “eu degusto”… O sábio é um cozinheiro que faz pratos saborosos com o que a vida oferece. O saber do sábio dá alegria, razões para viver. Já o que o cientista oferece não tem gosto, não mexe com o corpo, não dá razões para viver. O cientista retruca: 'Não tem gosto, mas tem poder'… É verdade. O sábio ensina coisas do amor. O cientista, do poder.
Para o cientista, o silêncio é o espaço da ignorância. Nele não mora saber algum; é um vazio que nada diz. Para o sábio o silêncio é o tempo da escuta, quando se ouve uma melodia que faz chorar, como disse Fernando Pessoa num dos seus poemas. Roland Barthes, já velho, confessou que abandonara os saberes faláveis e se dedicava, no seu momento crepuscular, aos sabores inefáveis.
Outra diferença é que para ser cientista há de se estudar muito, enquanto para ser sábio não é preciso estudar. Um dos aforismos do Tao-Te-Ching diz o seguinte: “Na busca dos saberes, cada dia alguma coisa é acrescentada. Na busca da sabedoria, cada dia alguma coisa é abandonada”. O cientista soma. O sábio subtrai.
Riobaldo, ao que me consta, não tinha diploma. E, não obstante, era sábio. Vejam só o que ele disse: 'O senhor mire e veja: o mais importante e bonito do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando…'
É só por causa dessa sabedoria que há educadores. A educação acontece enquanto as pessoas vão mudando, para que não deixem de mudar. Se as pessoas estivessem prontas não haveria lugar para a educação. O educador ajuda os outros a irem mudando no tempo.
Eu mesmo já mudei nem sei quantas vezes. As pessoas da minha geração são as que viveram mais tempo, não pelo número de anos contados pelos relógios e calendários, mas pela infinidade de mundos por que passamos num tempo tão curto. Nos meus 74 anos, meu corpo e minha cabeça viajaram do mundo da pedra lascada e da madeira – monjolo, pilão, lamparina – até o mundo dos computadores e da internet.
Os animais e plantas também mudam, mas tão devagar que não percebemos. Estão prontos.
Abelhas, vespas, cobras, formigas, pássaros, aranhas são o que são e fazem o que fazem há milhões de anos. Porque estão prontos, não precisam pensar e não podem ser educados. Sua programação, o tal de DNA, já nasce pronta. Seus corpos já nascem sabendo o que precisam saber para viver.
Conosco aconteceu diferente. Parece que, ao nos criar, o Criador cometeu um erro (ou nos pregou uma peça!): deu-nos um DNA incompleto. E porque nosso DNA é incompleto somos condenados a pensar. Pensar para quê? Para inventar a vida! É por isso, porque nosso DNA é incompleto, que inventamos poesia, culinária, música, ciência, arquitetura, jardins, religiões, esses mundos a que se dá o nome de cultura.
Pra isso existem os educadores: para cumprir o dito do Riobaldo… Uma escola é um caldeirão de bruxas que o educador vai mexendo para 'desigualizar” as pessoas e fazer outros mundos nascerem'"…
Rubem Alves
Fonte: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12246
PORTAL DO PROFESSOR - UMA FERRAMENTA INTELIGENTE
O Portal do Professor é um espaço para troca de experiências entre professores do ensino fundamental e médio. É um ambiente virtual com recursos educacionais que facilitam e dinamizam o trabalho dos professores.
O conteúdo do portal inclui sugestões de aulas de acordo com o currículo de cada disciplina e recursos como vídeos, fotos, mapas, áudio e textos. Nele, o professor poderá preparar a aula, ficará informado sobre os cursos de capacitação oferecidos em municípios e estados e na área federal e sobre a legislação específica.
29 março 2011
DIVULGAÇÃO DO PORTAL DOMÍNIO PÚBLICO
24 março 2011
PROJETO: BATALHA DO JENIPAPO, VALORIZANDO A HISTÓRIA PIAUIENSE
HISTÓRICO DA BATALHA DO JENIPAPO
Às margens do rio Jenipapo, no atual município de Campo Maior, foram palco de uma sangrenta batalha envolvendo os partidários da independência brasileira e a resistência portuguesa que procurava evitá-la. Era 13 de março de 1823. Este confronto pode ser visto como um dos momentos cruciais da adesão da província piauiense ao processo emancipatório brasileiro.
Apesar da independência tem sido oficialmente proclamada a 7 de setembro de 1822, pelo príncipe regente São Paulo, as outras regiões da América portuguesa não havia aderido. Aquele gesto simbolizava apenas a adesão da região Centro-Sul. O processo de independência nas outras áreas implicou em se cruentas batalhas, especialmente no norte, incluindo o nordeste atual. Essa área era alvo de pretensão portuguesa de perpetuar domínios na América. |
Neste sentido, a província piauiense assumia uma importância fundamental para o governo português em virtude da sua posição territorial, encravada entre as províncias ocidentais e orientais do norte da América portuguesa. Por conta disto e, sobretudo, devido à expansão dos ideais emancipacionistas, desde 1821 eram enviadas, pelo governo português, quantidades significativas de armamentos e munições bem como havia a nomeação de militares experientes para cuidar desta região. Para essa província fora nomeado João José da Cunha Fidié como governador das armas. Ele era experiente militar, veterano nas guerras napoleônicas. |
No Piauí, a primeira vila a se manifestar favoravelmente ao governo de D. Pedro I, instalado no Rio de Janeiro, foi São José da Parnaíba, através da Câmara local. Era 19 de outubro de 1822. Essa iniciativa fez com que as tropas favoráveis a Portugal se deslocassem de Oeiras para Parnaíba, lideradas pelo próprio governador das Armas, o Major Fidié. |
Antes de chegarem à vila do extremo norte, as tropas eusófilas estacionaram em Campo Maior, na qual procuraram apurar denúncias acerca dos preparatórios de adesão às tendências emancipacionistas. Neste ínterim, as lideranças parnaibanas se deslocaram para o Ceará. Assim quando as tropas de Fidié chegaram a Parnaíba não encontraram resistências. |
Enquanto as tropas portuguesas estavam em Parnaíba, outros povoados e vilas aderiram ao processo emancipatório, dentre eles Piracuruca, Matões e Oeiras, em janeiro de 1823. Nesta última ocorrera a deposição da Junta Governativa pró-Portugal. Além disso, alguns contingentes cearenses chegaram ao Piauí. Neste contexto, deu-se a proclamação da independência em Campo Maior, em fevereiro de 1823. |
No início de março de 1823 as tropas de Fidié saíram de Parnaíba para tentar submeter as demais vilas que estavam aderindo ao processo de independência. Seguiram-se alguns breves incidentes no trajeto, porém, o maior combate se deu às margens do rio Jenipapo. |
A expectativa do avanço das tropas portuguesas rumo à Campo Maior implicou numa mobilização sem precedentes da população local para formação de tropas para o combate, agregando-se grupos de vaqueiros e roceiros armados com os instrumentos disponíveis, como: facões, machados, foices, espetos, espingardas, paus e pedras. Enquanto as tropas inimigas eram bem armadas, municiadas, disciplinadas e organizadas sob o comando de experientes militares. |
O grande confronto se deu no dia 3 de março de 1823, nas proximidades do rio Jenipapo. Cerca de 2500 piauienses e cearenses, sem adestramento militar, e debaixo de um sol abrasador num ano de estiagem arrasadora, enfrentaram as tropas portuguesas. Após 5 horas de intenso combate, as tropas locais contavam entre suas perdas 700 homens, entre mortos, feridos e prisioneiros de guerra. Do lado português, as perdas não chegaram a uma centena, porém haviam perdido boa parte da bagagem de guerra; o separatistas desviaram importantes equipamentos de guerra das tropas portuguesas. |
Entretanto, a vitória lusitana era incontestável, ganharam uma batalha, mas a guerra estava longe de terminar, pois a ausência de recursos bélicos e a possibilidade de enfrentamento de outras batalhas, com a chegada de reforços de outras vilas e províncias, fez com que Fidié e suas tropas se deslocassem, em abril de 1823, para o Maranhão, província leal a Portugal. Porém, após o cerco de Caxias, pelas tropas separatistas, formadas por piauienses, cearenses e maranhenses, as tropas de Fidié se renderam, no final de julho de 1824. |
Portanto, foi neste contexto que se deu o real processo emancipacionista e a adesão do Piauí ao governo do império do Brasil, caracterizado por diversas lutas sanguinárias, com a participação popular, porém, a maioria da população não se beneficiou de seus resultados, pois uma oligarquia assumiu o projeto de consolidação do estado brasileiro em detrimento das transformações mais profundas dessa sociedade. |
23 março 2011
FORMAÇÃO DE PROFESSORES- MÓDULO IV PROGRAMA ESCOLA ATIVA
21 março 2011
A importância do trabalho em grupo na aprendizagem
Trabalhar em equipe é mais divertido do que trabalhar individualmente, o que pode contribuir para melhorar nosso desempenho. Os alunos fizeram um trabalho de pesquisa utilizando livros, revistas das várias áreas do conhecimento.
15 março 2011
REUNIÃO COM A EQUIPE DA SME EM PORTO - 14/03/11
PROJETO DE INCENTIVO À LEITURA
LEITURA PRAZEROSA
ESCRITA FABULOSA
TEMA: GÊNEROS TEXTUAIS NA PRODUÇÃO DE SABERES
O QUE É O PROJETO?
Um projeto de Incentivo à Leitura por Prazer é um conjunto de ações que apoiam as escolas na democratização do acesso ao mundo da literatura. Isso significa possibilitar a interação com a cultura escrita por parte dos professores, dos alunos e da comunidade, além de desenvolver suas respectivas competências leitoras.
CARACTERIZAÇÃO
ESCOLA: Unidade Escola “Nilo Soares do Rêgo”
PROJETO: Leitura Prazerosa Escrita Fabulosa
REALIZAÇÃO: março à dezembro/2011
PÚBLICO ALVO: Alunos do 1º ao 9º dos turnos manhã, tarde e noite
CULMINÂNCIA: durante as festividades da escola
JUSTIFICATIVA:
A prática escolar tem-nos comprovado que sem leitura torna-se impossível ao aluno o prosseguimento nos estudos como rege a LDB 9.394/96, art. 35, dentre outras finalidades que ali se propõe. O relativo número de alunos que evadem de nossa escola, que reprovam, nos inquietou, levando-nos a questionar nossas práticas e a rever nosso papel social na escola. Levando em conta o já citado, constatou-se que uma das causas que mais contribuem era a dificuldade de leitura entre os alunos. A unanimidade dos colegas em relação a isso nos deu fôlego e impulso para elaborar este projeto, já que tal situação não pode persistir.
Soma-se a isso a concepção de que ensinar a ler e a escrever sejam tarefas apenas do professor de língua portuguesa. São poucos os professores de outras áreas do saber que se preocupam com aspectos textuais dos trabalhos de seus alunos, por exemplo.
É evidente que não se aprende a ler, nem dominar estratégias de leitura, de uma hora pra outra. Daí o porquê de a escola primar por esse aprendizado ao longo do currículo pelo qual o aluno deva passar. E mais, atividades dessa natureza não devem ocorrer de forma individualizada, mas devem ser incorporadas por todos os professores para que surtam resultados positivos, visto que nenhuma disciplina prescinde desse saber. O aluno que sabe ler tem facilidade de transitar por qualquer área do conhecimento sem maiores dificuldades: será capaz de interpretar problemas matemáticos; aplicar fórmulas adequadas em questões de física; compreender melhor as relações químicas; associar conhecimentos históricos, filosóficos e até sociólogos, com os de literatura, ou de outras áreas; criar, a partir do que ler, seus próprios conceitos; produzir textos com mais desenvoltura, já que será capaz de organizar de forma lógica o que aprende; perceber que determinadas construções da língua, se utilizadas em situações e com intenção diferentes, implicarão sentidos inversos, como no caso da ironia; e tantas outras situações e atividades que poderíamos enumerar aqui. Tornando-se um bom leitor, o aluno terá mais acesso às informações, podendo exercer de fato sua cidadania.
OBJETIVO GERAL:
Criar condições para a leitura em contextos diferentes dos da escola, nos quais os alunos e a comunidade possam ter uma relação mais livre e pessoal com as mais diversas modalidades textuais que circulam socialmente, e formarem-se como leitores e escritores autônomos no exercício de sua cidadania.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Montar oficinas para os professores sobre como utilizar as estratégias de leitura em favor da construção do conhecimento;
Incentivar o professor a ler, para ampliar seus conhecimentos e poder auxiliar no processo ensino-aprendizagem;
Propor situações de práticas leitoras com os diferentes tipos de gêneros textuais;
Estimular a leitura por prazer, por meio de atividades lúdicas;
Desenvolver estratégias de leitura/ produção de texto e hipertextos;
Oferecer tempos e espaços de leitura diferentes aos da escola para os jovens e as famílias, em comunidades que estão distanciadas da cultura escrita e falada;
Fomentar o gosto pela leitura, em educadores e alunos, implementando práticas leitoras ricas e diversificadas em todas as áreas do conhecimento;
Tornar a relação escola-comunidade mais íntima;
Desenvolver as capacidades das habilidades linguísticas: falar, escutar, ler e escrever;
Valorizar as produções textuais dos alunos, incentivando a publicação e divulgação das mesmas.
METODOLOGIA:
Para realização deste projeto, várias ações devem ser desenvolvidas, tais como:
Realização das oficinas: para esse momento, devem-se reservar pelo menos duas horas-aulas como momento entre professores para estudo, discussão, elaboração de aulas, escolha dos recursos, textos, e de ambientes em que poderão ocorrer as aulas.
Atividades práticas: para essa etapa, deve ficar claro que cada professor precisará ser dinâmico e criativo e possibilitar o contato dos alunos com todos os tipos de gêneros textuais que irão facilitar a construção do conhecimento (slides, charges, imagens, textos dissertativos, histórias, transparências, gráficos, painéis, álbum seriado, vídeos, blogs, mapas, etc.). O uso desses recursos deve ser pautado nas estratégias de leitura, que serão diferentes, dependendo do tipo de texto a ser utilizado e da metodologia a ser aplicada. E é interessante que haja, inclusive, mobilidade quanto aos ambientes de aprendizagem, como já propõe várias teorias contemporâneas, pois isso dinamiza e torna as aulas menos corriqueiras. Vale lembrar que, cada professor, deve ter em mente que o foco não é o conteúdo da aula, mas a leitura desse conteúdo, ou seja, facilitar, auxiliar o aluno à leitura desses conteúdos, fazendo inferências, questionamentos, discutindo opiniões, indicando pistas lingüísticas, etc. Tudo para fazer o aluno construir o conhecimento a partir do que ler, tornando-o mais independente.
CONTEÚDOS:
Crianças | Professores | Coordenadores |
Ø Participação em situação de conto e leitura de histórias. Ø Escuta atenta e interessada de histórias. Ø Observação e manuseio de livros. | Ø Orientações didáticas para a realização de leitura para as crianças. Ø Comportamentos leitores envolvidos na leitura por prazer. Ø Atividade permanente de leitura. | Ø Concepção de leitura, alfabetização e cultura escrita. Ø Comportamento leitores envolvidos na leitura por prazer. Ø As modalidades organizativas do tempo didático: projetos, sequências de atividades e atividades permanentes. Ø Planejamento da roda de leitura. Ø A leitura de textos memorizados. Ø A leitura pelo professor: leitura em voz alta e leitura compartilhada. Ø Diferença entre dinâmica e estratégias formativas. Ø A resolução de problemas profissionais como princípio da formação continuada. Ø O conhecimento didático como matéria prima da formação de professores. |
RECURSOS DE ENSINO:
Cartolina, caneta hidrocor, lápis de cor, caneta pilot, papel ofício, receitas culinárias e embalagens de produtos, fotos, figuras, régua, quadro, lápis, caneta, borracha, roupas para dramatizações, bula de remédio, máquina fotográfica, computador, CDs, máquina de xérox, impressora, etc.
CONCLUSÃO:
Não haverá uma fórmula de avaliação. E nesse caso, deve-se primar pelo caráter qualitativo, ou seja, participação dos alunos nas atividades, suas possíveis leituras, inferências, construção de textos realizados a partir de suas leituras. As estratégias de leitura são diversas, mas deve-se ter cuidado para não reduzir à avaliação a momentos isolados. A melhor avaliação, nesse caso, deverá ocorrer ao longo do processo de ensino-aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA:
Revista Nova Escola, Edição Nº224 Agosto/2009
1.Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – Gestar II. Língua Portuguesa: Caderno de Teoria e Prática 3 – TP3: gêneros e tipos textuais. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.