15 março 2011

PROJETO DE INCENTIVO À LEITURA






LEITURA PRAZEROSA

ESCRITA FABULOSA

TEMA: GÊNEROS TEXTUAIS NA PRODUÇÃO DE SABERES

O QUE É O PROJETO?

Um projeto de Incentivo à Leitura por Prazer é um conjunto de ações que apoiam as escolas na democratização do acesso ao mundo da literatura. Isso significa possibilitar a interação com a cultura escrita por parte dos professores, dos alunos e da comunidade, além de desenvolver suas respectivas competências leitoras.

CARACTERIZAÇÃO

ESCOLA: Unidade Escola “Nilo Soares do Rêgo”

PROJETO: Leitura Prazerosa Escrita Fabulosa

REALIZAÇÃO: março à dezembro/2011

PÚBLICO ALVO: Alunos do 1º ao 9º dos turnos manhã, tarde e noite

CULMINÂNCIA: durante as festividades da escola

JUSTIFICATIVA:

A prática escolar tem-nos comprovado que sem leitura torna-se impossível ao aluno o prosseguimento nos estudos como rege a LDB 9.394/96, art. 35, dentre outras finalidades que ali se propõe. O relativo número de alunos que evadem de nossa escola, que reprovam, nos inquietou, levando-nos a questionar nossas práticas e a rever nosso papel social na escola. Levando em conta o já citado, constatou-se que uma das causas que mais contribuem era a dificuldade de leitura entre os alunos. A unanimidade dos colegas em relação a isso nos deu fôlego e impulso para elaborar este projeto, já que tal situação não pode persistir.

Soma-se a isso a concepção de que ensinar a ler e a escrever sejam tarefas apenas do professor de língua portuguesa. São poucos os professores de outras áreas do saber que se preocupam com aspectos textuais dos trabalhos de seus alunos, por exemplo.

É evidente que não se aprende a ler, nem dominar estratégias de leitura, de uma hora pra outra. Daí o porquê de a escola primar por esse aprendizado ao longo do currículo pelo qual o aluno deva passar. E mais, atividades dessa natureza não devem ocorrer de forma individualizada, mas devem ser incorporadas por todos os professores para que surtam resultados positivos, visto que nenhuma disciplina prescinde desse saber. O aluno que sabe ler tem facilidade de transitar por qualquer área do conhecimento sem maiores dificuldades: será capaz de interpretar problemas matemáticos; aplicar fórmulas adequadas em questões de física; compreender melhor as relações químicas; associar conhecimentos históricos, filosóficos e até sociólogos, com os de literatura, ou de outras áreas; criar, a partir do que ler, seus próprios conceitos; produzir textos com mais desenvoltura, já que será capaz de organizar de forma lógica o que aprende; perceber que determinadas construções da língua, se utilizadas em situações e com intenção diferentes, implicarão sentidos inversos, como no caso da ironia; e tantas outras situações e atividades que poderíamos enumerar aqui. Tornando-se um bom leitor, o aluno terá mais acesso às informações, podendo exercer de fato sua cidadania.

OBJETIVO GERAL:

Criar condições para a leitura em contextos diferentes dos da escola, nos quais os alunos e a comunidade possam ter uma relação mais livre e pessoal com as mais diversas modalidades textuais que circulam socialmente, e formarem-se como leitores e escritores autônomos no exercício de sua cidadania.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Montar oficinas para os professores sobre como utilizar as estratégias de leitura em favor da construção do conhecimento;

Incentivar o professor a ler, para ampliar seus conhecimentos e poder auxiliar no processo ensino-aprendizagem;

Propor situações de práticas leitoras com os diferentes tipos de gêneros textuais;

Estimular a leitura por prazer, por meio de atividades lúdicas;

Desenvolver estratégias de leitura/ produção de texto e hipertextos;

Oferecer tempos e espaços de leitura diferentes aos da escola para os jovens e as famílias, em comunidades que estão distanciadas da cultura escrita e falada;

Fomentar o gosto pela leitura, em educadores e alunos, implementando práticas leitoras ricas e diversificadas em todas as áreas do conhecimento;

Tornar a relação escola-comunidade mais íntima;

Desenvolver as capacidades das habilidades linguísticas: falar, escutar, ler e escrever;

Valorizar as produções textuais dos alunos, incentivando a publicação e divulgação das mesmas.

METODOLOGIA:

Para realização deste projeto, várias ações devem ser desenvolvidas, tais como:

Realização das oficinas: para esse momento, devem-se reservar pelo menos duas horas-aulas como momento entre professores para estudo, discussão, elaboração de aulas, escolha dos recursos, textos, e de ambientes em que poderão ocorrer as aulas.

Atividades práticas: para essa etapa, deve ficar claro que cada professor precisará ser dinâmico e criativo e possibilitar o contato dos alunos com todos os tipos de gêneros textuais que irão facilitar a construção do conhecimento (slides, charges, imagens, textos dissertativos, histórias, transparências, gráficos, painéis, álbum seriado, vídeos, blogs, mapas, etc.). O uso desses recursos deve ser pautado nas estratégias de leitura, que serão diferentes, dependendo do tipo de texto a ser utilizado e da metodologia a ser aplicada. E é interessante que haja, inclusive, mobilidade quanto aos ambientes de aprendizagem, como já propõe várias teorias contemporâneas, pois isso dinamiza e torna as aulas menos corriqueiras. Vale lembrar que, cada professor, deve ter em mente que o foco não é o conteúdo da aula, mas a leitura desse conteúdo, ou seja, facilitar, auxiliar o aluno à leitura desses conteúdos, fazendo inferências, questionamentos, discutindo opiniões, indicando pistas lingüísticas, etc. Tudo para fazer o aluno construir o conhecimento a partir do que ler, tornando-o mais independente.

CONTEÚDOS:

Crianças

Professores

Coordenadores

Ø Participação em situação de conto e leitura de histórias.

Ø Escuta atenta e interessada de histórias.

Ø Observação e manuseio de livros.

Ø Orientações didáticas para a realização de leitura para as crianças.

Ø Comportamentos leitores envolvidos na leitura por prazer.

Ø Atividade permanente de leitura.

Ø Concepção de leitura, alfabetização e cultura escrita.

Ø Comportamento leitores envolvidos na leitura por prazer.

Ø As modalidades organizativas do tempo didático: projetos, sequências de atividades e atividades permanentes.

Ø Planejamento da roda de leitura.

Ø A leitura de textos memorizados.

Ø A leitura pelo professor: leitura em voz alta e leitura compartilhada.

Ø Diferença entre dinâmica e estratégias formativas.

Ø A resolução de problemas profissionais como princípio da formação continuada.

Ø O conhecimento didático como matéria prima da formação de professores.

RECURSOS DE ENSINO:

Cartolina, caneta hidrocor, lápis de cor, caneta pilot, papel ofício, receitas culinárias e embalagens de produtos, fotos, figuras, régua, quadro, lápis, caneta, borracha, roupas para dramatizações, bula de remédio, máquina fotográfica, computador, CDs, máquina de xérox, impressora, etc.

CONCLUSÃO:

Não haverá uma fórmula de avaliação. E nesse caso, deve-se primar pelo caráter qualitativo, ou seja, participação dos alunos nas atividades, suas possíveis leituras, inferências, construção de textos realizados a partir de suas leituras. As estratégias de leitura são diversas, mas deve-se ter cuidado para não reduzir à avaliação a momentos isolados. A melhor avaliação, nesse caso, deverá ocorrer ao longo do processo de ensino-aprendizagem.

BIBLIOGRAFIA:

Revista Nova Escola, Edição Nº224 Agosto/2009

1.Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – Gestar II. Língua Portuguesa: Caderno de Teoria e Prática 3 – TP3: gêneros e tipos textuais. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

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