22 novembro 2009

ALunos encenam peça O Santo e a Porca

Os alunos do 2º Ano do Ensino Médio da Unidade Escolar Otávio Falcão, da rede estadual em Porto, coordenados pelo profº Orlando Paiva, encenaram durante a III Semana Cultural da escola no início do mês a peça teatral “O Santo e a Porca”, que é de autoria do dramaturgo nordestino Ariano Suassuna.
A peça conta a história do fazendeiro Eurico Engole Cobra, um árabe muito miserável que tem uma grande paixão por uma porca repleta de moedas que o mesmo herdou de sua avó e uma devoção por Santo Antonio.


Personagens principais: Eurico Engole Cobra(Vitor), Caroba(Maraíza), Margarida(Neura), Dodó(Sherlys), Eudoro Vicente(Francisco), Pinhão(Airton) e Benona(Kátia). A direção e produção da peça teatral foi do professor e blogueiro Orlando Paiva.

20 novembro 2009

RELATÓRIO DA 16ª OFICINA DO GESTAR II

PORTO-PI,18/NOVEMBRO DE 2009.
Iniciamos o encontro com uma dinâmica para descontrair e animar o ambiente.
No pátio da Unidade Escolar “Otávio Falcão” tivemos um momento agradável com uma dinâmica que trabalhava a parceria, cumplicidade, confiança entre as duplas que foram formadas de forma aleatória. Os cursistas receberam um cartão com a mensagem “Seja sempre assim, doce como mel...” e um favo de mel, depois eles trocaram os cartões entre si.Contamos com a participação da diretora da Unidade Escolar “Nilo Soares do Rego” que leu a mensagem inicial “Adote um adulto”, que fez-nos refletirmos sobre como estamos conduzindo nossas vidas e como temos contribuído para a vida das pessoas que gostamos. O diretor Dário Kardec também participou do encontro e mostrou-se solícito para que tudo acontecesse a contento.
A cursista Suelly fez os comentários sobre a III Semana Cultural desenvolvida pela Unidade Escolar Otavio Falcão realizada nos dia 09/11 à 13/11/09, ela destacou os pontos positivos e negativos da preparação a conclusão do evento. A mesma destacou a participação dos alunos do ensino médio que trabalharam com documentários sobre o poeta Fernando Pessoa. A formadora Silvana Silva destacou a participação das turmas da professora Luzia Carvalho que trabalhou dramatizações utilizando a variação lingüística.
Após a divisão dos grupos a formadora sorteou o estudo das seções da Unidade 05 -Gramática: seus vários sentidos e Unidade 06 - A frase e sua organização. Os objetivos principais da Oficina foram: Caracterizar as gramática interna, gramática descritiva e a gramática normativa; Estabelecer a diferença entre frase, período e oração; Identificar a pertinência das diferentes organizações da frase e do período em cada texto.
Depois dos estudos de grupo socializaram as conclusões a que chegaram, sempre abrindo espaço para as experiências de sala de aula. A todo momento um cursista queria dar sua contribuição para enriquecer nossos estudos.
Durante o intervalo alguns cursista gravaram um vídeo sobre a importância do Programa Gestar II para a aprendizagem dos alunos na prova Brasil
As mensagens do quadro “nossas histórias” apareceu novamente, desta vez foram as professoras Rosa Mística e Luzia Carvalho, os amigos das mesmas relataram histórias engraçadas que aconteceram há muitos anos atrás.
Marcamos o último encontro para concluirmos o estudo das TPs, que acontecerá dia 02/12, de 8:00h às 17:00, com local a ser combinado e avisado com antecedência. Após a conclusão das atividades propostas, acontecerá um momento de confraternização com as duas turmas, Língua Portuguesa e Matemática no Club de Eventos Marruás.
Gestar II de Língua Portuguesa
Formadora Silvana Silva

18 novembro 2009

A LOCALIDADE TITARA EM PORTO-PI ESTÁ ENCANTADA COM O PROJETO CORDEL NA ESCOLA


UNIDADE ESCOLAR “TOTE OLIVEIRA”
LOCALIDADE TITARAS

PROJETO CORDEL NA ESCOLA




Objetivos
 Reconhecer a importância da literatura de cordel enquanto patrimônio histórico e cultural do povo piauiense, nordestino e brasileiro.

 Utilizar a poesia de cordel como recurso pedagógico para debater temas relacionados à educação escolar como cidadania, solidariedade, preconceito, discriminação racial, consciência ambiental, espiritualidade, ética, educação sexual, combate às drogas, violência, condição social da população, amor ao próximo.

 Estimular a leitura, produção e edição de folhetos de cordel entre professores, alunos e demais integrantes da comunidade escolar.

 Contribuir para o resgate da literatura de cordel na perspectiva de transformá-la em veículo de comunicação de massa.

 Realizar exposições em escolas, nas localidades dos alunos, emissoras de rádio, carros de som, em outros ambientes e meios de divulgação.
Justificativa


A poesia popular, enquanto literatura oral já existe há mais de 3.500 anos. No Brasil o cordel chegou, trazido de Portugal, onde era vendido como "folhas soltas", mas foi com um poeta nascido em Pombal, que ele ganhou celebridade. Foi Leandro Gomes de Barros quem primeiro passou a editar e comercializar, no final do século XIX, o folheto na forma tal como temos atualmente, por isso ele é considerado o patriarca dessa expressão popular e a Paraíba é tida como o berço da literatura de cordel.

O cordel que era vendido nas barracas das feiras livres pendurado em cordões e recitado ou cantado pelos poetas violeiros para atrair os compradores, hoje sofre dos males do esquecimento e do abandono, explicado pelo advento da era tecnológica e assimilação desenfreada da cultura estrangeira. Ele já foi, no interior do Nordeste, o jornal, a música, o lazer de um povo que se reunia nos salões ou terreiros das casas para fantasiar histórias lidas por aqueles que dominavam os códigos da leitura e servia também para alfabetizar tantos outros que às vezes sabia de cor folhetos famosos. O hábito de ler cotidianamente o cordel fez surgir no Nordeste poetas de expressão como Patativa do Assaré e revelar ao mundo uma música inigualável de Luiz Gonzaga, valores que sintetizam a grandiosidade da nossa arte popular.

O cordel precisa sobreviver e voltar a ser uma cultura de massa tal como antigamente. Certamente alguns poetas continuarão nas feiras, outros levarão suas obras às bancas de jornal, livrarias, outros ainda procurarão utilizar os recursos da mesma era tecnológica que ajudou a sucumbi-lo - como o rádio, jornal, tv e agora mais recentemente a internet - para fazer chegar aos quatro cantos do mundo a imponente cultura nordestina.

Contudo, acreditamos que a literatura de cordel só poderá se transformar numa cultura de massa a partir do momento que a escola passar a estimular o seu uso, ou seja, a comunidade escolar (alunos, professores, funcionários) adotar o hábito da leitura. Quando a escola procurar conscientizar a todos da real necessidade de se preservar o cordel enquanto saber histórico, estaremos caminhando em direção a sua revitalização.

Levar a literatura de cordel até a escola significa oferecer um importante e motivante meio de educação aos alunos dos ensinos fundamental. Através da poesia popular o aluno poderá conhecer aspectos da história do nordestino, pois o cordel retrata a cultura, o cotidiano, a realidade do povo e suas peculiaridades. Mas pode versar sobre qualquer assunto e ser utilizado como recurso pedagógico para debater temas relacionados à educação escolar como cidadania, solidariedade, preconceito, discriminação racial, consciência ambiental, espiritualidade, ética, educação sexual, combate às drogas, violência, condição social da população, amor ao próximo...

Ter o cordel nas bibliotecas das escolas pode representar um passo extremamente valioso para o devido reconhecimento e resgate desse tipo de literatura e dar à nova geração a oportunidade de apreciar a riqueza e expressividade da nossa cultura. Significa observar o contato do passado, da memória do saber tradicional, do conto poético numa linguagem ao mesmo tempo simplória e bela, de fácil compreensão e de uma engenhosidade singular observada na construção dos versos e rimas. A escola tem que obrigatoriamente prestigiar a cultura popular, caso queira preservar a sua própria história. E demonstrar preocupação na manutenção do saber é assumir e incorporar a sua rotina o contato com as manifestações que o povo cultiva, que apresentam significância e um visível potencial pedagógico. A literatura de cordel é uma dessas manifestações que devem e precisam ser utilizadas no ambiente escolar.

Enquanto livro para-didático ou leitura suplementar o cordel pode conduzir o leitor a uma viagem fascinante, a um universo textual completamente diferente do habitual onde a rima é um dos elementos que atrai, que desperta a curiosidade além de suscitar a sensibilidade artística.

No espaço escolar o cordel poderá ser usado para estimular a criatividade. Como é uma leitura que pode ser cantada, acompanhada de um ou vários instrumentos musicais como viola, rabeca, sanfona, violão, pífano, zabumba, flauta, pandeiro ou outro de interesse do professor, vemos a riqueza da sua utilização. Indiretamente há um incentivo à aprendizagem de determinado instrumento musical, ao próprio canto e à estimulação da educação rítmica, mesmo para aqueles que não queiram estudar ou compor música. Finalmente pode-se orientar os alunos a produzir histórias, o que de fato mais contribuirá para que sejam revelados valores e com isso fazer perpetuar em nossa região o estigma de lugar dos grandes poetas.

Por ser confeccionado com material simples, o folheto de cordel tradicionalmente teve preço acessível e as pessoas de baixo poder aquisitivo sempre tiveram oportunidade de adquiri-lo. Hoje falta divulgação para que ele seja conhecido pelas novas gerações, além de políticas públicas de incentivo.

Adquirir títulos com o objetivo de serem distribuídos aos alunos da rede pública de ensino, bem como a sua aquisição para o acervo das bibliotecas das escolas, poderiam ser iniciativas dos governos que muito iriam contribuir nessa tarefa de promoção do cordel. Outro meio seria a realização de concursos no interior das escolas, patrocinados com a incumbência de revelar talentos onde os vencedores poderiam ter as suas obras editadas.

Na escola o aluno deveria ser estimulado a ler, compor, conhecer as rimas, os tipos de versos, assim como estudar e criar a própria xilogravura e o professor ter oportunidade de participar de cursos sobre cordel para poder ter melhor embasamento para trabalhar com os alunos.

Considerando a literatura de cordel como Patrimônio Histórico do Povo piauiense, nordestino e brasileiro, vimos sugerir à Secretaria de Educação de Porto-PI, que seja implantado o "Projeto Cordel na Escola" na Unidade Escolar “Tote Oliveira” com o objetivo de favorecer o acesso ao cordel para todos os alunos da escola.
Orçamento
1 - Preço do cordel por unidade...........R$ 1,00(um real).


2 - Quantidade de cordéis que compõe o kit..........20(vinte).

2.1 - Preço do kit de cordel por unidade........................R$ 20,00(vinte reais).

Público alvo
* Turmas do turno da tarde: 6º “A” e 7”A”
* Turmas do turno da noite : 6º “B” , 7º “B”, 8 “A” e 9º “A”

ESTRATÉGIAS
- Realização, duas vezes por semana, de leitura e debate de folhetos de cordel entre alunos de 6º ao 9º anos.
- Estimular a produção de estrofes em sextilhas em todas os anos de 6º ao 9º, principalmente em datas festivas, sobre vários assuntos.
- Disponibilizar na biblioteca da escola, para todos os alunos, um acervo para utilização nas aulas vagas, recreio ou para empréstimo.
- Exposição sobre a técnica da elaboração das estrofes em sextilha, ou seja, a rima no final da palavra dos 2o, 4o e 6º versos, ex.:
A Gripe Suína em Cordel
Autor: Orlando Paiva

O mundo inteiro está alerta
Vive uma grande agonia.
Vítima de uma doença
Como há tempos não se via,
Estou falando da “Gripe Suína”
Que já virou pandemia.

Com o nome de "Nova Gripe"
Também foi batizada.
Através do vírus H1N1
A mesma é propagada,
Ainda não existe vacina
Que deixe a população curada.

- Construção coletiva de estrofes em sextilha sobre diversos temas:
O professor ou um aluno sugere um verso inicial e anota-se no quadro de giz. Em seguida o professor solicita que os alunos deem opiniões de versos para a montagem da estrofe.
- Construção individual de estrofes:
Sugere-se um tema e os alunos escrevem um verso ou uma estrofe.
- Estímulo à utilização do aspecto rítmico do cordel através do canto das estrofes tal como os repentistas, aboiadores e outros tipos e estilos musicais.
CONCLUSÃO
A experiência ora descrita foi desenvolvida sem a necessidade de se utilizar recursos específicos, numa escola com uma inadequada estrutura física e insuficientes materiais didáticos. Basicamente foram usados apenas o acervo de 20 títulos, quadro de giz, lápis, papel e a sala de aula para a implementação dos trabalhos.
A forma como é exposto o conteúdo através da poesia de cordel proporciona o debate onde é possível explorar, dentre outras possibilidades, o humor, que torna motivante a leitura.
Aqui, defendemos a idéia de que a escola é palco para o exercício da cidadania, onde o conteúdo deve proporcionar uma mudança na atitude das pessoas.
Em relação a repetência e evasão escolar, consideradas grandes dificuldades vividas pela escola pública de todo o país, este trabalho não apresenta um suficiente preparo para encaminhar sugestões, porém devemos enfrentá-los enquanto problemas que estão diretamente relacionados a estrutura da sociedade, que precisa passar por reformulações profundas.
No ambiente escolar é preciso que o aluno seja visto como alguém mais importante por todo o corpo funcional e tratado com mais amor e respeito, pois a maioria dos discentes é vítima do descaso social, da miséria, do abandono, das famílias desajustadas.
A escola pode ser um refúgio, mas também poderá não ter muito significado desde que não atenda às necessidades de bem-estar, prazer, carinho, proteção e alimentação. O conhecimento (o saber, a aprendizagem), o comportamento social ajustado do aluno, baseado na disciplina e respeito ao próximo serão conseqüências da receptividade que lhe é fornecida por um espaço limpo, organizado, bem cuidado, que disponha de uma orientação espiritual libertadora (sem fanatismos), de uma alimentação de qualidade e contínua - que seja diferente da sua rotina muitas vezes angustiante e precária - de pessoas (mais bem remuneradas) que a amparem e decisivamente sejam comprometidas com a transformação do quadro existente.
AVALIAÇÃO
* Observação
Da leitura, declamação, interpretação e canto dos versos de cordel no ritmo característico.
* Produção de estrofes
Exposição dos textos na escola e em outros locais da comunidade.
Edição no blog do Gestar dos textos em Literatura de Cordel Produzidos pelos alunos.
BIBLIOGRAFIA
E-mail: literaturadecordel@bol.com.br
Sites: http://literaturadecordel.vila.bol.com.br
http://chicodiniz.vila.bol.com.br
E-mail:
-DINIZ, Francisco Ferreira Filho Diniz - Subsídios do autor enquanto cordelista e professor de educação física.
- SÃO MARCOS, Instituto – Subsídios dos alunos dos turnos manhã e tarde da 3.ª a 6.ª séries, Santa Rita-PB, 2003.
- FREITAS, Orlando de Paiva Freitas – Subsídio do autor enquanto cordelista, professor, Secretário de Cultura do município de Porto-PI.

11 novembro 2009

PROJETO DE LEITURA

1. CARACTERIZAÇÃO

ESCOLA: Unidade Escolar “NILO SOARES DO REGO”
TEMA: Despertando para a leitura
PERÍODO: Outubro, novembro e dezembro
CLIENTELA: Alunos de 6º ao 9º anos


2. INTRODUÇÃO

A escola, sendo um espaço propício ao incentivo à leitura, é capaz de fazer com que o aluno ponha em questão o universo em que está inserido, dando-lhe margens para interagir como sujeito que pensa. O aluno não pode se limitar às ideias de educadores que veem a leitura como simples decodificação de símbolos gráficos, sem buscar na sua essência os pressupostos básicos de fazer aflorar o senso crítico nos seus alunos, partindo de uma necessidade própria de instigar constantemente, socializar a curiosidade e não se satisfazer com ideias prontas, sabendo julgá-las quando necessário.

O professor é fundamental nesse processo, garantindo o espaço e as condições para que os alunos se mostrem nas suas histórias, nas suas preocupações; é ela quem vai identificar, nesse universo de representação que se desvela, os temas, os problemas e os interesses a serem trabalhados pelo grupo. Não é priorizando os aspectos mecânicos da leitura que a escola criará um leitor reflexivo, crítico e participativo, capaz de estabelecer relações com seu mundo. Essencial é a função que o professor vai exercer no encaminhamento do processo da leitura.

Cabe à escola reconhecer sua capacidade de atuar como estimuladora do processo de leitura e propiciar o máximo em experiências, não apenas com base no código linguístico escrito, mas no ouvir, comentar, criticar, sugerir, ler diferentes linguagens.

O aluno deve ter acesso aos mais variados materiais de escrita, sem, contudo, tornar-se passivo enquanto apenas recebe e aceita o que lê. Ao contrário, que seja encorajado o comentário, a crítica, a sugestão, como meios de promover a aceitação ou o questionamento sobre o texto lido. Esse parece ser um caminho mais eficaz que aquele comumente percorrido na escola.

Com essa perspectiva de despertar nos alunos a busca prazerosa pelo ato de ler, de promover a leitura entre eles de maneira autônoma, reflexiva e crítica, foi que surgiu o Projeto Despertando para a leitura, implantado pelos professores de Língua Portuguesa e Matemática cursistas do Programa da Aprendizagem Escolar – Gestar II, para os sessenta e seis alunos de 6º e 9º anos do ensino fundamental nos turnos vespertino e noturno na Unidade Escolar Nilo Soares do Rêgo.





3. JUSTIFICATIVA
O projeto “Despertando para a leitura” é uma iniciativa dos professores, coordenadores, diretores e alunos para criar em todos da escola o hábito da leitura, pois se essa experiência fosse um hábito rotineiro as pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária, por exemplo. O hábito de ler deve ser estimulado na infância, para o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, assim com certeza ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz.
O ato de ler pertence aos elementos essenciais do universo. Segundo Paulo Freire, todos somos leitores e só a partir dessa certeza é que tudo o mais no mundo cria-se e recria-se. Através da leitura, o homem forma conceitos e questiona sentidos, generaliza palavras e particulariza idéias, comunica verdades e desconstrói hipóteses. Sem a leitura, nada no universo da linguagem é possível, e “tudo” só é possível pelo viés do universo da linguagem.

Quando um professor conta histórias em sala de aula, ele consegue levar ao seu aluno. Um dos elementos mais necessárias ao desenvolvimento do ser humano: a ação de criar, recriar, imaginar, ir além do real e conseguir ser mais sensível, mais feliz. Na verdade, todo professor deve ser um leitor, pois só assim poderá auxiliar na formação de leitores

As relações entre os povos se estreitaram com a globalização. O mundo passa por profundas transformações, e o foco hoje está centrado em um leitor que não apenas decodifica palavras, mas que passa a exercer uma relação interativa com o autor, refletindo e opinando criticamente sobre a produção textual ofertada.
Será que nossas escolas estão formando novos leitores? Ou ainda: será que nossas escolas estão preparadas para esse novo paradigma? Para responder a essas perguntas, devemos considerar que é necessária uma grande mudança comportamental que tenha como objetivo democratizar o processo de leitura. Sabemos que, durante a vida escolar, a leitura tem sido colocada de forma compulsória e ditatorial, os alunos leem avidamente na busca de assimilar o maior número de informações possível para realizarem um exame posteriormente, sem se dedicarem a uma reflexão sobre o assunto, e sim a uma rotina mecânica de aprendizagem.
Formar leitores não é tarefa fácil, e essa responsabilidade não poderá ficar restrita à escola. Os pais podem e devem participar dessa construção do novo leitor, incentivando a leitura, tornando-a um momento de integração familiar e de lazer, sentando ao lado dos filhos para contar histórias, encantando e mexendo com o imaginário dos pequenos leitores por meio de recursos como fantoches, entre outros que darão vida e movimento aos personagens de maneira que esse momento poderá se tornar uma brincadeira significativa para todos. O processo de leitura deve ser estimulado desde a infância, antes mesmo de a criança ser alfabetizada. O incentivo e o estímulo facilitarão seu aprendizado, permitindo que ela, no futuro, seja uma leitora assídua, atuante e consciente do seu papel na sociedade.



4. OBJETIVO GERAL
*Despertar os alunos a gostar de ler e interagir com o texto de modo prazeroso.



5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

* Incentivar o gosto pela leitura.
* Tornar a leitura prazerosa.
* Oportunizar ao aluno a escolha do livro que irá ler.
* Dar liberdade ao aluno de fazer críticas ou elogios acerca do livro lido.
* Conhecer diversos textos, de difentes gêneros como: fábula, conto, crônica e história em quadrinhos.
* Promover e incentivar a livre expressão de ideias.
* Compreender a importância da leitura.
* Ampliar o vocabulário.
* Possibilitar o contato com os diversos tipos de texto.
* Incentivar o uso do dicionário como recurso para o entendimento das palavras desconhecidas.
* Possibilitar a troca de conhecimentos.
* Envolver os professores da escola no um projeto de incentivo à leitura.
* Trocar opiniões e discutir interpretações sobre aspectos dos contos, das fábulas, das crônicas e das histórias quadrinhos.



6. PROBLEMATIZAÇÃO
5.1.O QUE SABEMOS?
• Que professores e alunos tem dificuldades na leitura e interpretação de textos.
• Que a escola possui um razoável número de livros em consideração ao número de alunos de 6º ao 9º anos matriculados na escola.
• Que trabalhar com projetos traz resultados considerados quanto à aprendizagem.
• Que os alunos não são estimulados a praticar leitura por prazer.
• Que a escola apoia o projeto de incentivo à leitura.
5.2. O QUE QUEREMOS SABER?

• Conhecer diversos gêneros textuais.
• Quais os motivos que interferem na aprendizagem dos alunos.
• Que tipos de atividades de leitura que mais interessam aos alunos.
• Descobrir os alunos que gostam de produzir diferentes tipos de textos.
• Quais os gêneros preferidos pelos alunos.

5.3. COMO VAMOS FAZER?
• Serão selecionados livros e textos de autores consagrados como Ruth Rocha, Monteiro Lobato, Luís Fernando Veríssimo, etc.
• Ler e produzir histórias em quadrinhos.
• Expor o maior número de textos no mural da escola para chamar a atenção dos alunos para leitura dos mesmos.
• Durante a leitura dos textos, o professor faz comentários, perguntas, contextualizações, esclarecimentos sobre o tema, ou significados de palavras ou expressões, enfim, o que for necessário.
• Após a leitura do texto, os alunos, em grupo, escolhem o que vão produzir em seus trabalhos: uma parte do texto, ou o todo o texto, ou uma das personagens, enfim, o que mais lhe agradou.
• Os textos produzidos serão registrados no blog do Gestar II: as produções individuais e coletivas.

7. MATRIZ CURRICULAR
• Língua Portuguesa
• Matemática
• História
• Geografia
• Ciências
• Artes
• Ensino Religioso
• Língua Estrangeira
• Temas Transversais

8. OBJETIVOS
CONCEITUAIS
• Pesquisar, conhecer, ler, identificar, saber, fazer, produzir, criar.
PROCEDIMENTAIS
• Dramatizar, apresentar, relatar, montar, recortar, demonstrar, expor, orientar.
ATITUDINAIS
• Valorizar, identificar, reconhecer, recriar, gostar, criticar, respeitar.
9. DESENVOLVIMENTO
• Os alunos irão ler histórias em quadrinhos selecionadas pelos professores, irão aprender os formatos dos balões, a linguagem adequada aos quadrinhos, as onomatopeias, as imagens. Para que possa produzir seus próprios quadrinhos. Pois sabemos que as HQ tem o poder de estimular os jovens no que diz respeito à leitura.
• Os professores promoverão rodízio de leitura nas salas de aulas, onde uns alunos farão o comentário do livro lido e empolgará os colegas a ler também.
• Todos os textos produzidos serão revisados por eles mesmos e pelos professores para que eles possam fazer a reescritas, antes da exposição no mural da escola.
• Estudo da biografia de alguns dos escritores escolhidos nos determinados gêneros: para o gênero fábula o escritor Monteiro Lobato; para o gênero conto Ruth Rocha; para o gênero crônica Luís Fernando Veríssimo.

10. RECURSOS
HUMANOS
• Alunos, professores, diretores, coordenadores, pessoal administrativo, pais e comunidade.
MATERIAIS
• Livros variados de poesias de autores brasileiros
• Cartazes, vídeos, jornais, revistas
• Pincéis hidracor, cola, tesoura, papel ofício,cartolina, fita adesiva, cordão
• Datashow, notbook, caixa amplificada
11. CULMINÂNCIA
A culminância do projeto será realizada através de : dramatizações, produções de textos como: fábulas, contos e crônicas, histórias em quadrinhos.As apresentações acontecerão no pátio externo da escola, com a presença de toda a comunidade escolar.

12. AVALIAÇÃO

O projeto será avaliado através de relatórios, material fotográfico, depoimentos dos alunos, professores e pais de alunos.
O ato de avaliar é contínuo, e contínuas deverão ser as dinâmicas de acompanhamento de todos os envolvidos na vivência deste projeto. As produções serão editadas no blog do Gestar II de Língua Portuguesa (gestarsilvana.blogspot.com)
13. BIBLIOGRAFIA
• TPs do Programa Gestar II;
• Projeto Araribá-Português- Editora Moderna 2006
• Revista Nova Escola- Agosto 2009/ Setembro 2009
• Dicionário Aurélio
• Revista ConstruirNotícia Nº33 Ano 06-Março/Abril


ANEXOS



Dos brasileiros de 15 a 64 anos...

61% têm muito pouco ou nenhum contato com os livros

47% possuem no máximo dez livros em casa

30% localizam informações simples em uma frase

37% localizam informação em texto curto

25% estabelecem relações entre textos longos

Quantos livros uma pessoa lê por ano...

França 7

Estados Unidos 5,1

Itália 5

Inglaterra 4,9

Brasil 1,8

Fonte: Câmara Brasileira do Livro, Instituto da Biblioteca Nacional, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Ministério da Educação