Era uma tarde de quarta-feira, umas cinco e meia se eu não me engano, eu e alguns amigos jogávamos uma partida de futebol em um campinho de areia que deixava tudo ainda mais divertido, esse lugar se distanciava um pouco de nossas casas, mas não víamos problema algum nisso, o que importava mesmo era a diversão.
Ao todo éramos doze, seis de cada lado. João um dos nossos adversários, chutou a perna de um dos nossos jogadores, que caiu gritando: __Falta! Fala comum entre os jogadores, quando não se tem juiz por perto. O chute foi tão forte que o goleiro nem viu quando a bola passou por ele. Comemoramos o gol, mais que merecido, enquanto eles irados por nosso vitória nos chamava para continuarmos a partida, mas... Cadê a bola? Fomos todos procurar a tal, que caíra no mato após levar um baita chutão. Já estava escurecendo, mas decidimos ir atrás assim mesmo.Entramos e seguimos adiante, aquele lugar nem parecia o mesmo, tava me dando até calafrio. Como tínhamos já andado muito não conseguimos achar a saída.
Meia hora depois, lá estávamos nós com muito medo, cansadas e sem notícias alguma da bola, que era a causadora daquilo tudo. De repente ouvimos um forte barulho que parecia ser de uma fera faminta, que vinha quebrando galhos em nossa direção, saímos correndo sem pensar pra onde estávamos indo, guiados apenas pelos gritos dos que iam na nossa frente, quando chegamos em uma clareira vimos a lua cheia, foi aí que veio a ideia de que aquilo que ouvimos podia ser um lobisomem.
Já eram oito horas, decidimos contar histórias para tentar esquecer um pouco a situação, já tinha sido contado onze histórias, era a vez de Mário contar a sua, foi aí que vimos que ele não estava lá junto com a gente, todos nós ficamos preocupados e começamos a chamá-lo: __Mário!!!!! Onde você está?__ E nada do coitadinho. Pensamos então o pior já que tinha um monstro a solta.
Logo começou a trovejar e a soprar um vento muito forte. Carlos teve uma ideia __Que tal fazer uma fogueira?__ E não é que deu certo! Mas para manter a fogueira acesa, tínhamos que sair para procurar lenha. João e Paulo saíram primeiro, mas não demorou muito, voltaram correndo e gritando__ lobi!lobi! lobisomem!!!!!!! __ Todos nós saímos em disparada.Olhei pra trás e vi a fera se aproximando numa carreira só, e para piorar a situação Paulo foi de cara no chão. O lobisomem se aproximou mais ainda.Olhou bem e partiu pra cima com um pulo. Antes de completar o salto, ouviu-se um barulho seguido de umas ligeiras faíscas, em seguida a fera caiu no chão e vimos uma multidão com lanternas, armas e facões.
Pra surpresa de todos, Mário vinha junto. Eram nossos pais que quando nos viram, correram ao nosso encontro e começaram a nos abraçar como se tivéssemos fora há anos...
Perguntei como Mário conseguiu escapar da fera, ele disse que o susto foi tão grande que ele correu sem pensar para onde estava indo e quando percebeu estava no campinho junto com nossos pais, que estavam a nossa procura. Que bom que tudo acabou bem. Voltamos para casa e aprendemos a lição, mas o lobisomem conseguiu fugir e ninguém nunca mais o viu.
(Aluno Luís Félix do 9º ano "A" da U. E. Professora Teresinha Bastos)
O texto acima foi utilizado pela professora Emília Marques da turma do 9º "A" manhã, que tinha o objetivo de trabalhar a releitura e reescrita dos textos dos alunos, a mesma utilizou cópias dos textos selecionados na turma durante a oficina de produção de texto. Os textos selecionados foram apresentados à turma com a utilização do retroprojetor, os alunos participaram ativamente da atividade, identificaram os elementos da narrativa, classificaram-no como conto, localizaram o suspense e fizeram algumas intervenções nos textos dos colegas. Após a análise, os alunos fizeram a reescrita dos textos.
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